EXPOSIÇÕES:

1991/92 Exposição Colectiva “Artistas de Perre”

1994 Exposição Colectiva na Galeria da ESE de Viana do Castelo

1994 Prémio do Cartaz da Semana Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

1995 Exposição Individual na Casa da Cultura de Ponte da Barca

1996/97/98 Exposição Individual na Casa da Cultura de Melgaço

1997 Exposição Individual na Câmara Municipal de Melgaço

1997 Participação na “Bienal Júlio Resende”, Gondomar

1998 Exposição individual no Solar do Alvarinho, Melgaço

1998/99 Exposição Individual na Câmara Municipal de Valença

2000 Exposição Individual no “Espaço Madruga”, Sindicato de Professores do Norte

2001 Participação na XI Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira

2001/03 Exposição de trabalhos na Galeria do Arrábida Shopping, Gaia

2003 Exposição Individual no Instituto Português da Juventude, Viana do Castelo

2004 Exposição Individual na Escola Gonçalo Nunes, Barcelos

2004 Exposição Colectiva na Casa do Povo de Santa Marta de Portuzelo

2008 Exposição Colectiva “Regresso a Casa” no Centro Académico – IPVC

2008 Exposição Colectiva “Pintar Cardielos”

2010 Exposição Colectiva na Escola EB 2,3 de Viatodos









Percursos da Arte

Em arte há dois percursos pelos quais os homens procuram alcançar distinção. Num, pela aplicação cuidadosa daquilo que outros já conseguiram, o artista imita-lhes os trabalhos ou seleciona e combina a sua origem primitiva - o "UNIVERSO". No primeiro, forma o seu estilo pelo estudo de quadros e produz uma arte que é imitativa ou eclética; no segundo, pela observação e análise do "UNIVERSO", descobre as qualidades que nele existem que ainda não foram retratadas, e forma assim um estilo original. Os resultados do primeiro percurso, como representam coisas com que os olhos dos espectadores já estão familiarizados, depressa são reconhecidos e avaliados, enquanto os progressos do artista que abre uma nova senda são necessáriamente lentos, porque poucos são capazes de julgar as coisas que se desviam dos cursos usuais, ou estão habituados a apreciar estudos originais.



"Pecado"

"Pecado"
Óleo S/tela, 200x160cm - Preço 1800€

" Viana"

" Viana"
Óleo S/tela, 200x100cm- Preço1500€

"Alto Minho"

"Alto Minho"
Pastel seco, 100x90cm - Preço 500€

"Construções I"

"Construções I"
Óleo s/tela - Vendido

"Labirinto"

"Labirinto"
Óleo s/tela - Vendido

"Biblioteca I"

"Biblioteca I"
Óleo s/tela - Vendido

"Biblioteca II"

"Biblioteca II"
Óleo s/tela, 100x30cm - Vendido

"A noite na cidade"

"A noite na cidade"
Óleo s/tela - Vendido

"Olhar"

"Olhar"
Óleo s/tela - Vendido

"Perspectivas Imaginárias"

"Perspectivas Imaginárias"
Óleo s/tela - Vendido

"Perspectivas I"

"Perspectivas I"
Óleo s/tela - Vendido

"Praça da República"

"Praça da República"
Óleo s/tela - Vendido

"Paisagem Urbana"

"Paisagem Urbana"
Óleo s/tela - Vendido

Unidade de trabalho:"Maria Paredes - Um outro olhar..."


Nota prévia



No âmbito da unidade curricular de Práticas Performativas II, inserida no mestrado em Educação Artística da Escola Superior de Educação de Viana do Castelo, foi-me solicitado a concretização de um projecto performativo a desenvolver no campo de acção da minha actividade profissional.

O presente relatório aborda a implementação do projecto e a sua envolvência. Far-se-á uma breve contextualização e a narração escrita circunstanciada, dos factos ocorridos durante a sua concretização e deixará algumas notas de melhoria, alteração e crítica para que em projectos futuros os resultados sejam melhorados.





I – Introdução



“Precisamos levar a arte que hoje está circunscrita a um mundo socialmente limitado a se expandir, tornando-se património da maioria e elevando o nível de qualidade de vida da população” (Barbosa, 1991:6).



Para que esta afirmação se torne uma realidade, acredito que é através da Educação Artística que se pode efectivamente dar um grande contributo no sentido de possibilitar o acesso à arte a uma grande maioria dos alunos.

A Educação Artística abrange diversas formas de conhecimento, uma multiplicidade de formatos e modos de abordagem (Barbosa, 2004, Eça 2009).

Sendo a escola a primeira fonte de conhecimentos para a formação de cidadãos, as artes são indispensáveis no desenvolvimento da expressão pessoal, social e cultural. Estas proporcionam formas de saber que articulam a imaginação, a razão e a emoção (DEB, 2001).

As vivências artísticas influenciam o modo de aprender, comunicar e de interpretar os significados do quotidiano, como está referido no Currículo Nacional do Ensino Básico (CNEB) (DEB, 2001:149), contribuem “para o desenvolvimento de diferentes competências e reflecte-se no modo como se pensa, no que se pensa e no que se produz com o pensamento”.

Barbosa (2004:3) ainda refere que “através da Arte é possível desenvolver a percepção e a imaginação, apreender a realidade do meio ambiente, desenvolver a capacidade crítica, permitindo analisar a realidade percebida e desenvolver a criatividade de maneira a mudar a realidade que foi analisada”.

O roteiro para a Educação Artística (UNESCO, 2006) declara que uma educação de qualidade deverá promover percepções e perspectivas, criatividade e iniciativa, reflexão crítica e capacidade profissional, necessárias à vida no nosso século.

Ainda segundo o mesmo roteiro (UESCO, 2006:11), “a educação artística estrutura-se segundo três eixos pedagógicos complementares: estudos de trabalhos artísticos, contacto directo com trabalhos artísticos e participação em práticas artísticas”, ou seja, (1) o aluno adquire conhecimentos interagindo com o objecto ou representação de arte, com o artista ou professor; (2) o aluno adquire conhecimentos através da sua prática artística; (3) o aluno adquire conhecimentos pela investigação e pelo estudo (de uma forma de arte, e da relação entre arte e história).

Assim, o projecto “Maria Paredes - Um outro olhar…” surge integrado na Unidade de trabalho – “Biblioteca de artes” - que venho a desenvolver há alguns anos, no sentido de combater a iliteracia nas artes.

Neste sentido, as práticas performativas apresentam um enorme potencial para que os alunos desenvolvam e adquiram competências ao nível artístico e de forma progressiva acedam à apropriação das linguagens elementares das artes, e ainda, entendam a obra de arte no contexto social e cultural que a envolve, aquilo a que o CNEB apelida de literacia artística (DEB, 2001).

Tratando-se de um projecto de natureza pedagógica com uma prática artística, esta interacção entre a concepção de arte e a concepção de educação encaminha-se no sentido do que conhecemos como arte – educação, conceito este que aponta para o entendimento de uma questão mais ampla que é a arte no espaço educativo (Barbosa, 2004).

Este projecto trouxe a possibilidade de proporcionar aos alunos o acesso, reconhecimento e valorização do património artístico local de uma forma activa e interventiva. Neste contexto, o Currículo Nacional do Ensino Básico (DEB, 2001:155) refere:

“As Artes Visuais, através da experiência estética e artística, propiciam a criação e a expressão, pela vivência e fruição deste património, contribuindo para o apuramento da sensibilidade e constituindo, igualmente uma área de reconhecida importância na formação pessoal em diversas dimensões – cognitiva, afectiva e comunicativa”.


O projecto “Maria Paredes - Um outro olhar…” decorreu na Escola do Ensino Básico, 2º e 3º Ciclos de Viatodos, durante o segundo e terceiro períodos do ano lectivo 2010/2011. Culminou com uma exposição no dia 18 de Junho, integrada no “Dia das Expressões” da referida escola. Os intervenientes foram os alunos das turmas E, F e D, do sexto ano, conjuntamente com os meus pares pedagógicos da disciplina de Educação Visual e Tecnológica.

O desenvolvimento do projecto proporcionou aos alunos a alteração de conceitos inerentes à pintura e escultura e produziu em cada um uma mudança de receptores passivos para alunos capazes de produzirem, criticarem e principalmente desfrutarem das suas criações.

O recurso a metodologias fundamentadas em diferentes momentos de decisão, pesquisa, experimentação e realização sempre delinearam a minha prática pedagógica, o ensino apoiado na experimentação proporcionou aos alunos momentos de aprendizagem, de crescimento e de auto-formação.

A opção por uma dinâmica pedagógica assente na experimentação visual e lúdica de produções plásticas, capaz de provocar o conhecimento através da prática, partindo de dúvidas e incertezas, revelou-se um caminho eficaz no desenvolvimento das competências artísticas e pessoais.

Neste sentido, ao enveredar por um processo de ensino em que a base é a execução de um projecto, permitiu potenciar nos alunos e no professor uma motivação extra.



II – Descrição detalhada do projecto





II. 1 – Objectivos





Ao apresentar o projecto “Maria Paredes – Um outro olhar…”, defini os seguintes objectivos:

 

- Promover projectos de pesquisa em artes;

- Promover a valorização do património artístico local;

- Analisar as características formais, temáticas e estilísticas da artista estudada;

- Relacionar as características da artista com manifestações similares de outras épocas e culturas.

- Utilizar diferentes meios expressivos de representação;

- Produzir objectos plásticos bidimensionais e tridimensionais, usando os elementos da comunicação e da forma visual;

- Produzir e realizar exposições.

 

A estratégia delineada e as iniciativas realizadas com o fim de atingir os objectivos revelaram-se eficazes. Ao longo do 2º e 3º período, as acções foram decorrendo com uma intervenção bastante activa por parte de todos os intervenientes. As actividades de cariz prático provocaram uma motivação acrescida no sentido da obtenção de um produto final de grande qualidade ao nível estético.




II. 2 – Envolvimento pessoal (prático/artístico)


A nível prático, como promotor e responsável pelo projecto, estive envolvido em todas as fases, delineando as melhores estratégias de intervenção e providenciando todos os mecanismos necessários para que o desenvolvimento e o produto final do projecto fossem um êxito. Considero que desenvolvi a minha actividade com muito empenho e profissionalismo.

A nível artístico, apesar de ter realizado algumas criações plásticas. Estas serviram apenas como motivação para o manuseamento de diferentes tipos de materiais desconhecidos para a maioria dos alunos.

Na exposição final, apenas foram apresentados os trabalhos desenvolvidos pelos alunos.





II. 3 – Envolvente pedagógica em contexto escolar


Todas as actividades implementadas no projecto “Maria Paredes – Um outro olhar…”, tiveram o seu desenvolvimento em contexto escolar. As acções foram todas realizadas na disciplina de Educação Visual e Tecnológica com a finalidade de desenvolver nos alunos a sensibilidade estética, a criatividade, o sentido crítico e a aquisição de competências, no sentido de serem capazes de tomarem decisões na resolução de problemas (DGEB, 1991).

Neste sentido, foi necessário diagnosticar nos alunos o interesse, a disponibilidade e o grau de colaboração que estavam dispostos a despender para abarcar um projecto que não tinha a sua origem na turma, mas sim no professor.

Para Bogdan e Biklen (1994) na investigação um dos problemas com que o investigador se depara é com a autorização para conduzir um estudo/projecto que planeou.

Tendo as produções plásticas da artista “Maria Paredes” como objecto de estudo, foi necessário perceber qual o grau de aceitação do projecto por parte da mesma (anexo1), bem como por parte dos Encarregados de Educação dos alunos (anexo2), a par de um diálogo de carácter explicativo e aceitação com o par pedagógico.

Foi ainda minha intenção trazer a artista à escola no sentido de fazer uma exposição oral sobre a concepção das suas obras, mas por incompatibilidade de horários não foi possível a sua presença.

Em resumo, este projecto promoveu o ensino/aprendizagem de temáticas relacionadas com a pintura e a escultura, desenvolveu as competências dos alunos, aumentou a sua literacia artística e proporcionou claros momento de aprendizagem por experimentação plástica, incrementada pelos comentários muito positivos durante o desenvolvimento do projecto e ao produto final recolhidos na exposição final.



II. 4 – Procedimentos metodológicos


Todo o projecto foi operacionalizado em três fases distintas: motivação, produção artística e exposição (descrita mais detalhadamente no ponto referente à calendarização das várias fases).

A orientação metodológica, como foi já referido, desenvolveu-se a partir das necessidades sentidas no terreno, do trabalho de proximidade constante com os alunos e do planeamento participativo.

As diversas fases de desenvolvimento do projecto foram construídas numa lógica de investigação – acção. As práticas foram sendo delineadas conforme as necessidades individuais dos alunos depois de realizada uma reflexão sobre todos os procedimentos. Neste sentido, o projecto desenvolveu a capacidade de comunicação entre os intervenientes no processo ensino/aprendizagem, aproximou a teoria da prática e adoptou uma abordagem crítica no sentido da resolução dos problemas que foram surgindo em situação de aula.

A inovação e criatividade conduziram também todo o desenvolvimento metodológico de forma a causar um impacto positivo não só nos intervenientes directos, mas também nos destinatários.

 


II. 5 – Destinatários


O projecto teve dois tipos de destinatários: os activos e os passivos.

Os destinatários activos foram vinte e três alunos do sexto D, vinte e dois alunos do sexto E e vinte e vinte e três alunos do sexto F da Escola E.B 2,3 de Viatodos, juntamente com dois professores que leccionam comigo a disciplina de Educação Visual e Tecnológica.

Os destinatários passivos foram todos aqueles que fazem parte da comunidade educativa, bem como todos os convidados a assistir à exposição que se integrou no Projecto “Dia das Expressões” do qual sou coordenador.





II. 6 – Calendarização das fases do projecto


Ao elaborar a planificação de unidade de trabalho, estavam previstas vinte e sete aulas para o segundo período e quinze aulas para o terceiro período. No entanto, no terceiro período, só foram dadas 14 aulas devido às interrupções para as provas de aferição. Foi minha preocupação determinar espaços temporais de forma equilibrada para as três fases do projecto.

 

1ª Fase – Motivação

Fase de pré-projecto, em que a grande maioria dos alunos teve conhecimento da existência de uma artista plástica local e puderam realizar uma visita de estudo virtual a uma exposição individual realizada pela artista na “Casa dos Crivos”, em Braga. Serviu para medir o interesse dos alunos pelo assunto, foram levantadas diversas questões sobre as criações da artista e proporcionou o crescimento de interesse e motivação relativos à pintura e escultura (4 a 14 de Janeiro, 4 aulas). Nas duas aulas seguintes foram apresentados os objectivos do projecto, a envolvente profissional e pedagógica, a aceitação e a definição das metas de aprendizagem a atingir (18 a 21 de Janeiro, 2 aulas).

 

2º Fase – Produção artística

Os alunos, depois de interiorizarem os objectivos do projecto, assistiram à apresentação de um PowerPoint que realizei no âmbito da unidade curricular de Práticas Performativas I sobre a vida e obra da artista, onde foram analisadas as características formais, temáticas e estilísticas da artista que pretendiam estudar. Essa apresentação serviu como indutor para as pesquisas que desenvolveram individualmente sobre manifestações artísticas similares produzidas por outros artistas de outras épocas e culturas (25 de Janeiro a 11 de Fevereiro, 6 aulas).

A produção artística iniciou-se com a execução individual de pequenos esboços no caderno diário onde procuraram exprimir as sensações, emoções e interpretações sentidas pelas pesquisas realizadas (15 a 18 de Fevereiro, 2 aulas).

Nas duas aulas seguintes foram criados, nas três turmas e de livre vontade por parte dos alunos, dois grupos por turma, um com o objectivo de realizar explorações plásticas bidimensionais, outro grupo optou pelas explorações tridimensionais (22 a 25 de Fevereiro, 2 aulas).

Depois de terem sido definidas as áreas onde pretendiam desenvolver os seus projectos, pintura e escultura, todo o processo começou a ser orientado nesse sentido. Inicialmente, tanto o “grupo de pintura” como o “grupo de escultura”, tendo como fonte de inspiração as produções plásticas da artista “Maria Paredes”, desenvolveram, através do desenho, esboços a partir das interpretações que fizeram das obras que visualizaram da artista (1 a 11 de Março, 3 aulas).

Na aula de 15 de Março, com o meu apoio e orientação no sentido dos seus interesses, seleccionámos um esboço por aluno para o projecto individual que pretendiam desenvolver (1 aula).

Após esta selecção, o “grupo de pintura” desenvolveu uma série de trabalhos individualmente, onde foram exploradas, por experimentação, diversas tecnologias: pastel óleo/seco, aguarela e guache.

O “grupo de escultura”, a partir dos estudos seleccionados, começou por executar e dar forma a pequenas estruturas em arame, que posteriormente foram revestidas a desperdiço de linhagem e finalmente banhadas em gesso (17 de Março a 7 de Abril, 7 aulas).

No início do terceiro período, foi proposto aos alunos das turmas envolvidas no projecto que fosse realizada uma selecção dos trabalhos desenvolvidos com a intenção de reproduzirem em grupo painéis e esculturas cuja finalidade seria beneficiar esteticamente os espaços escolares da escola (28 de Abril, 1 aula).

Depois de realizada a selecção dos projectos, os “grupos de pintura” executaram seis painéis de grandes dimensões onde tiveram oportunidade de experimentar e explorar diferentes meios tecnológicos como tintas acrílicas e massas de modelação.

Os “grupos de escultura” executaram duas esculturas de grandes dimensões, com o objectivo de serem colocadas nos jardins da escola e dois painéis tridimensionais onde foram incorporadas as esculturas desenvolvidas na primeira fase (2 de Maio a 9 de Junho, 11 aulas).

 

3º Fase – Exposição

Na preparação da exposição, devido ao número de trabalhos desenvolvidos, houve necessidade de ser realizada uma selecção dos trabalhos a serem expostos. Durante o desenvolvimento do projecto foram realizados mais de duzentos trabalhos. De todos os trabalhos foram seleccionados quarenta e um para a exposição final, com a preocupação de que todos os alunos tivessem pelo menos um trabalho na exposição. Foram realizados os caixilhos, identificados todos os trabalhos e montada a exposição (14 a 17 de Junho, 2 aulas).



II. 7 – Data e local de implementação

 


A exposição foi apenas o culminar do trabalho de projecto que decorreu ao longo de dois períodos.

A exposição decorreu no dia 18 de Junho, integrada no projecto “Dia das Expressões”, no recinto exterior da Escola E.B 2,3 de Viatodos.




II. 8 – Divulgação


O projecto foi divulgado junto da comunidade escolar através de um cartaz (anexo 3) distribuído por todas as freguesias que fazem parte deste agrupamento.


 


II. 9 – Expectativas e resultados


Na fase inicial do projecto as expectativas não eram muito elevadas, apesar do grande empenho na fase de pré-projecto, como a temática nunca tinha sido abordada anteriormente, levou a que fossem levantadas algumas reticências.

Com a apresentação do projecto aos alunos, com o envolvimento e disponibilidade total por parte de todos os intervenientes, os índices de motivação foram crescendo alicerçados nas expectativas. Contribuiu também para este facto o período de experimentações das diversas tecnologias que se mostrou fundamental para o desenvolvimento do projecto, minimizando ao máximo as perdas de tempo, aumentando os índices de interesse e participação activa.

Os resultados evidenciam uma escolha acertada e consciente da temática. A total disponibilidade de meios, o envolvimento e o esforço positivo de todos os intervenientes, aliados às competências necessárias para o seu desenvolvimento, resultou num desempenho bem sucedido.



II. 10 – Pós-produção

 
Durante o desenvolvimento do projecto, todas as fases foram fotografadas por mim ou pelo meu par pedagógico. O material produzido serve como memória desse período ou para ser usado por terceiros que queiram desenvolver um projecto desta natureza.

Todo o material produzido, assim como este relatório, pode ser consultado no seguinte endereço: http://candidosousa.blogspot.com/
Motivação:










Site oficial da artista plástica Maria Paredes:






História do Expressionismo Abstracto:






Mestres e obras do Expressionismo Abstracto:







III – Conclusão

 

Concluído o projecto “Maria Paredes – Um outro olhar…”, considero que a escolha do tema mostrou-se acertada e capaz de desenvolver a literacia artística dos alunos.

Com este projecto, também foi possível confirmar que a educação em artes visuais, num processo contínuo, contribuiu para o apuramento da sensibilidade artística, assim como, a formação pessoal em diversas dimensões – cognitiva, afectiva e comunicativa, e que esta tem implicações no desenvolvimento estético – visual dos alunos, tornando-se numa condição necessária para alcançar um nível cultural mais elevado.

Este projecto também desencadeou um aumento da auto-estima. No desenrolar do projecto, de um modo geral, os alunos deixaram de dizer que “não conseguem!”, “que não fazem!” e senti neles um desejo de fazer mais e melhor, afastando-se assim o mito “não consigo!”.

Neste sentido, considero que os pontos fortes do projecto foram os seguintes:

• Motivação muito fácil devido ao objecto de estudo ser uma artista local;

• A aquisição de vocabulário adequado e específico às artes visuais;

• As regras de comportamento melhoraram de forma substancial, reflectindo-se na sociabilidade, cooperação e no interesse pelo projecto;

• A pronta disponibilidade e sentido crítico para fazerem a selecção, avaliação e a auto-avaliação, demonstrando uma clara evolução na segurança e auto-estima;

• Os meios de expressão plástica facilitaram a exploração e desenvolvimento da criatividade, servindo para descobrir a emoção estética que reside nos alunos, justamente, na satisfação pela experimentação e por se sentirem capazes de explorar ao máximo as suas capacidades inatas;

• Todo o processo criativo que não visava nenhuma preparação de técnica específica, mas sim a transformação do hábito de pensar ao acaso em pensar com lógica. O que importou não foi o produto final executado pelo aluno, mas sim o efeito que este produziu na sua educação;

• A forte visibilidade e impacto na comunidade escolar no momento de exposição que serviu como motivação para projectos da mesma natureza.




Há também alguns aspectos que considero mais débeis para quem pretender abraçar um projecto deste âmbito, capazes de produzir algum fracasso no seu desenvolvimento e resultados.

• A necessidade de uma sala de aula com condições para desenvolver trabalhos criativos desta dimensão;

• A disponibilidade e vontade de colaborar dos artistas plásticos;

• Os custos, aliados à diversidade de materiais utilizados, faz com que antes de iniciar um projecto desta natureza todas as necessidades tenham que estar salvaguardadas.

No entanto, ponderadas todas as limitações/dificuldades com o resultado final, com a motivação e alegria proporcionados aos alunos e professores, considero um projecto com enorme potencial para ser desenvolvido em contexto escolar.


 

Referências bibliográficas

 
BARBOSA, A. (1991). A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectivas.

BARBOSA, A. (2004). Lowenfeld, uma entrevista encontrada por Ana Mae Barbosa. Revista Digital Art&: ano II, n2. Disponível em http://www.geocities.com (consultado em 12/06/2011)

BOGDAN, R. e BIKLEN, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação – Uma Introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora

DEB. (2001). Currículo Nacional do Ensino Básico: Competências Essenciais. Lisboa: DEB – Ministério da Educação.

DGEB. (1991a). Organização Curricular e Programas do 2º Ciclo do Ensino Básico. Vol. I. Lisboa: Ministério da Educação.

EÇA, T. (2009). A educação artística e as prioridades educativas no inicio do século XXI. Revista Ibero-americana de educación, n52. Disponível em http://www.rieoei.org/rie52a07.htm. (consultado em 13/06/2011)

UNESCO (2006). Roteiro para a educação artística. Lisboa. Disponível em http://www.educacao-artistica.gov.pt/documentos/Roteiro.pdf. (consultado em 13/06/2011)



Anexos

Anexo 1






Escola Básica dos 2º- e 3º- Ciclos de Viatodos – 343687

Ano lectivo 2010/2011



Pedido de autorização





Ex. Sr.ª Professora Maria Paredes

Eu, Cândido Alberto Quesado de Sousa, professor da disciplina de Educação Visual e Tecnológica, a leccionar nesta escola, venho por este meio pedir autorização para a utilização de imagens referentes às suas produções plásticas para desenvolver um projecto de intervenção artística, com alunos desta escola.

O referido projecto será apresentado no âmbito da disciplina de Praticas performativas II, do Mestrado em Educação Artística, que me encontro a frequentar na Escola Superior de Educação de Viana do Castelo.

O projecto terá como tema “Maria Paredes – Um outro olhar…”.



Com os melhores cumprimentos.

Viatodos ____/____/____

O professor

___________________________

(Cândido Sousa)

Anexo 2






Escola Básica dos 2º- e 3º- Ciclos de Viatodos – 343687

Ano lectivo 2010/2011

Autorização de utilização de trabalhos


Eu, Cândido Alberto Quesado de Sousa, professor da disciplina de Educação Visual e Tecnológica, a leccionar nesta escola, venho por este meio pedir autorização para usar os trabalhos produzidos pelo aluno(a) ___________________________________Nº_____da turma____ durante o desenvolvimento do projecto: “Maria Paredes – Um outro olhar…”.

O referido projecto será apresentado no âmbito da disciplina de Praticas performativas II, do Mestrado em Educação Artística, que me encontro a frequentar na Escola Superior de Educação de Viana do Castelo.



Autorizo • Não autorizo •


Autorização de utilização de trabalhos


Declaro que Autorizo • / Não autorizo • a utilização de imagem do meu educando, para fins exclusivamente relacionados com o projecto acima mencionado.


O Encarregado de Educação____________________________________________


O Aluno_______________________________________________________________


Com os melhores cumprimentos.

Viatodos ____/____/____

O professor

___________________________

(Cândido Sousa)

Anexo 3